dia 3. post 1
Amores de infância - desenvolvimento
«Ame-se, odeie-se. Mas não se finja não perceber que o homem era mesmo um génio. Um óbvio ET do piano.»
Glenn Gould não era apenas um pianista. nem apenas um pianista talentoso. nem apenas um pianista talentoso e bem sucedido. Glenn Gould era a personificação do anti-convencional. um enfant-térrible inato, sem necessidade de justificações freudianas sobre experiências de infância sublimadas ou reprimidas para o seu original comportamento. Ele era assim. Ponto.
Glenn Gould era um solitário, que amava as salas de gravação quase tanto quanto odiava (ou passou a odiar a certo ponto) as salas de concertos «at live concerts I feel demeaned, like a vaudevillian», viciado em vallium e em telefonemas longos de madrugada, capaz de aparecer vestido dos pés à cabeça com luvas, gorro, cachecol e sobretudo num quente dia de Verão, autor de auto entrevistas tão esquizofrénicas quanto divertidas, com títulos como "Admit It, Mr. Gould, You do have doubts about Beethoven" e com hábitos tão invulgares (e dolorosos) como o de colocar as mãos em água a ferver antes de cada actuação, com o intuito de manter os dedos quentes.
Mas Gould era também um revolucionário, um homem que reinventou a música de Bach e reeducou os ouvido do mundo à sua sonoridade e interpretações. Ele não se limitou a ousar tocar prelúdios de Bach em quasi staccato, a fazer uma 2ª gravação de uma fuga em 1/3 do tempo da 1ª (de 4 minutos e 17 segundos para 1 minuto e 47 segundos) e a cantar melodias, murmurar e gemer durante as gravações. Ele fez mais. Tornou tudo isso numa imagem de marca (todos os direitos reservados®) e elevou-se ao título de mito.
Ou, nas palavras do New Yorker, ao de "Marlon Brando of the piano".
«Ame-se, odeie-se. Mas não se finja não perceber que o homem era mesmo um génio. Um óbvio ET do piano.»
Glenn Gould não era apenas um pianista. nem apenas um pianista talentoso. nem apenas um pianista talentoso e bem sucedido. Glenn Gould era a personificação do anti-convencional. um enfant-térrible inato, sem necessidade de justificações freudianas sobre experiências de infância sublimadas ou reprimidas para o seu original comportamento. Ele era assim. Ponto.
Glenn Gould era um solitário, que amava as salas de gravação quase tanto quanto odiava (ou passou a odiar a certo ponto) as salas de concertos «at live concerts I feel demeaned, like a vaudevillian», viciado em vallium e em telefonemas longos de madrugada, capaz de aparecer vestido dos pés à cabeça com luvas, gorro, cachecol e sobretudo num quente dia de Verão, autor de auto entrevistas tão esquizofrénicas quanto divertidas, com títulos como "Admit It, Mr. Gould, You do have doubts about Beethoven" e com hábitos tão invulgares (e dolorosos) como o de colocar as mãos em água a ferver antes de cada actuação, com o intuito de manter os dedos quentes.
Mas Gould era também um revolucionário, um homem que reinventou a música de Bach e reeducou os ouvido do mundo à sua sonoridade e interpretações. Ele não se limitou a ousar tocar prelúdios de Bach em quasi staccato, a fazer uma 2ª gravação de uma fuga em 1/3 do tempo da 1ª (de 4 minutos e 17 segundos para 1 minuto e 47 segundos) e a cantar melodias, murmurar e gemer durante as gravações. Ele fez mais. Tornou tudo isso numa imagem de marca (todos os direitos reservados®) e elevou-se ao título de mito.
Ou, nas palavras do New Yorker, ao de "Marlon Brando of the piano".